História

O Grupo de Música Popular da Universidade do Minho foi fundado em 1984, por iniciativa de um grupo de estudantes desta mesma Universidade. Precursor de muitos outros grupos culturais, o GMP é um dos grupos mais antigos da academia minhota.

Em 1991, o Grupo de Música Popular, em conjunto com mais 5 grupos culturais Universitários (Tuna Universitária do Minho, o Grupo Folclórico da Universidade do Minho, o Grupo de Fados da Universidade do Minho, o Grupo de Poesia da Universidade do Minho e o Grupo de Zés Pereiras da Universidade do Minho), fundaram a ARCUM – Associação Cultural e Universitária do Minho, cujo objectivo passa pela expansão e dinamização da cultura minhota, tendo como base a tradição portuguesa.

Tem vindo a desenvolver a sua actividade em prol da recolha e divulgação da música tradicional e popular portuguesa, dedicando-se à execução e recriação da mesma. Expressa-se através de um coro harmoniosamente associado à simplicidade dos instrumentos tradicionais e populares portugueses.

Festas de S. João em Braga, 1991

Ao longo da sua existência, o grupo tem participado em inúmeros espectáculos, em Portugal e no estrangeiro. A nível nacional, participou em diversos eventos, desde conferências, romarias e casamentos, passando pelas actuações de rua e de beneficência, nas quais se procura colaborar sempre que solicitados pelas instituições. As actuações para a comunidade académica bracarense também têm sido uma preocupação, em colaboração estreita com a Associação Académica da Universidade do Minho, com a Reitoria e com os Serviços para a Acção Social da Universidade do Minho.

Monção, 2003

O GMP organiza anualmente, em conjunto com o Grupo Folclórico da Universidade do Minho, um dos poucos festivais a nível nacional, o FUMP - Festival Universitário de Música Popular, que tem sido uma ocasião excepcional de contactar com outras culturas e promover intercâmbios com outros países.

V FUMP, 1998

Podemos, no entanto, destacar algumas actividades de maior envergadura. Começamos pela digressão europeia que, em 1990, nos fez visitar países como a França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, ex-URSS, Polónia e ex-Checoslóváquia. Alguns anos mais tarde, em 1993, fomos à Bélgica e, já em 1995, participámos nas Jornadas Culturais Universitárias Europeias, inseridas nas comemorações “Luxemburgo, Capital Europeia da Cultura”. Nos dois anos seguintes, dedicámo-nos a conhecer melhor o nosso país e deslocámo-nos à Madeira e aos Açores. Em 1998, fomos até Almeria participar nas festas da cidade, no seguimento de um acordo de intercâmbio com o Grupo “Virgen del Mar”, passando por Sevilha.

Em Agosto de 2000, realizamos a nossa segunda digressão europeia, que contemplou as seguintes cidades: Paris, Bruxelas, Hannover, Hamburgo, Berlim, Praga, Budapeste, Viena, e Zurique. A passagem por um conjunto de países tão diferentes permitiu-nos conhecer melhor a realidade das nossas comunidades portuguesas na Europa, que assumem características tão diversas, de cidade para cidade. Neste domínio, muito nos elucidaram as informações recolhidas junto das representações consulares que visitamos, bem como o convívio com portugueses por ocasião das nossas actuações. Mais uma vez, tivemos a oportunidade de alargar os nossos horizontes culturais, com visitas a instituições como o Parlamento Europeu ou a Universidade de Música e Artes Dramáticas de Viena, a maior do mundo nesta área. No entanto, o ponto alto desta digressão foi, sem dúvida a nossa actuação no Pavilhão de Portugal, na Expo 2000 Hannover, integrados no programa oficial desta exposição mundial.

Expo 2000, Hannover, 2000

Hamburgo, 2000

Em todas estas actividades, procuramos divulgar e promover a cultura tradicional portuguesa, não só através da música, mas também pela apresentação de uma exposição de trajes e instrumentos de trabalho do Minho e dos tradicionais “Lenços de Namorados”, que tivemos ocasião de mostrar em algumas destas deslocações.

Retiro GMP, 2001

São várias as iniciativas que procuramos dinamizar, numa óptica de divulgação da cultura popular no país e a nível internacional, e particularmente aos estudantes universitários a às comunidades portuguesas. No entanto, não damos este caminho por concluído, razão pela qual apostamos agora neste percurso por uma Europa recortada por alguns conflitos e ambições comuns, mas cada vez mais ligada por fortes laços, económicos e culturais.

25 Anos - ARCUM, 2016

35 Anos - GMP, 2019

O Traje

O traje do Grupo de Música Popular pretende aliar aspectos da cultura tradicional minhota com a sobriedade do traje académico adoptado na Universidade do Minho.

Tradicionalmente, o preto era a cor dominante nas calças, saias e coletes, sendo estes adornados com bordados coloridos que retractam motivos tradicionais (corações, silvas, flores, folhas). A camisa branca, o saiote rendado e as faixas de várias cores são os elementos que completavam o traje.

Sarau ARCUM, 2002

Nos dias de hoje, o traje é composto, quer para o homem, quer para a mulher, por uma camisa branca, com bordados florais, e calças de ganga.

Camisa Moderna do GMP